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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOSÉ PEIXOTO JÚNIOR
( BRASIL – CEARÁ )

 

Nordestino da Serra do Araripe, Coração do Polígono das
Secas, adotado pelo Ceará, bacharel em Direito, funcionário público aposentado.
Publicou: Bom Deveras e seus Irmãos (narrativa); Carta e Poemas pó-de -serristas (poesia popular em parceria).
Colabora nas revistas “ITAYTERA”, “A Província” (Crato, CE), “LITERATURA- Revista do Escritor Brasileiro (Brasília – DF).
É filiado ao Sindicato dos Escritores do DF.

 

   

MOUSINHO, Ronaldo Alves.  Vida em Poesia; 36 anos Poetas Escolhidos.  Brasília:  Valci Gráfica e Ed., 1996.  173 p.  N. 01 175
Exemplar da Biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro)Brito (em Brasília) em outubro de 2024.


INFIDELIDADES NO PLANALTO
I

Ao poeta Antonio MARCHET CALLOU

No Planalto Central, o rapaz lindo
Companheiro de toda a mocidade,
Aí está; embora tenha vindo
Com o candango, em busca da cidade.

Ele dá a impressão de estar sorrindo,
Bonachão como é, jamais invade
A vizinhança, sempre refletindo,
Procurando manter serenidade.

Daí que a persistência da imagem
A envolver-lhe o corpo liquefeito
Conseguiu alcançá-lo na abordagem.

E aquele espelho límpido, perfeito,
Afeiçoou-se à Serra da Contagem,
Ao pé da qual, p´ra os dois, armara leito.


INFIDELIDADES NO PLANALTO
 II
 

Ao observar que a lua hoje nasceu
Assim meio de lado do nascente,
Mais para o lado sul, notei-a eu,
Com ares, pareceu-me, diferente.

Veio ruborizado o rosto seu,
Havia calma total no ambiente,
Mesmo assim, vi que o Lago estremeceu,
Um estremecimento de contente.

Compreendi, existe uma razão:
O enfeite do horizonte, no oriente,
Provoca, sem querer, uma traição;

Enquanto imaginando coisas, fico,
Embora reconheça ato indecente,
Assumo o meu papel nesse fuxico.


INFIDELIDADES NO PLANALTO
III

Converso com a Serra, digo a ela
Que alguém, que desconhece, havia dito
Que a lua, quando sobe no infinito,
“Vem-se mostrando no Lago muito bela”.

Para mim, esse “se mostrar” revela
Certo interesse; e ao Lago calmo, fito,
Querendo interessá-la inda repito:
“ Vem-se mostrando ao Lago muito bela”

Parece indiferente ao que lhe digo,
Tranquila como sempre; então me ligo
Num episódio banal, nesse momento:

Mostrava-se distante a da Contagem...
Ouvi leve sucção, seria da aragem?
— A Serra se beijava com o vento.

 

*
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Página publicada em janeiro de 2025                                     


 

 

 
 
 
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